Texto: Luciana Campinhos
Fotos: Evertton Momberg
De óculos escuros, blazer e um humor peculiar, Marcelo Nova subiu ao palco do Sesi Itapetininga-SP no domingo, dia 29, com os melhores atributos: música e muita opinião.
Baiano por nascimento, roqueiro por vocação, Marcelo Nova trouxe para a cidade um show com quase três horas de duração. Ele veio acompanhado da banda. Quer dizer, banda não. “Hoje em dia todo mundo tem banda. Marcelo Nova tem conjunto”, disse o roqueiro.
O conjunto de Marcelo Nova é composto por um baterista, um baixista e um guitarrista, que é filho dele. Três jovens com muito rock na veia!
A abertura foi marcada por 'Sinais de Fumaça', som do disco novo. O pessoal conferiu também obras da intensa carreira solo como ‘A Balada do Perdedor’ e ‘Faça a Coisa Certa’ além de algumas letras e melodias da parceria com o amigo Raul Seixas, como 'Carpinteiro do Universo' e 'Muita Estrela Pouca Constelação‘.
‘12 Fêmeas’ é o novo trabalho de Nova. Antes mesmo que nós pudéssemos saber por que do nome, já soltou outra. “Quase sempre, nas entrevistas, os jornalistas perguntam por que '12 Fêmeas'. Ora, porque eu gosto de mulher.”
‘12 Fêmeas’ é o novo trabalho de Nova. Antes mesmo que nós pudéssemos saber por que do nome, já soltou outra. “Quase sempre, nas entrevistas, os jornalistas perguntam por que '12 Fêmeas'. Ora, porque eu gosto de mulher.”
O mais interessante é que o show conteve mais do que longas poesias, compostas por narrativas bacanas. O público eclético também conheceu o talento do trio que o acompanha. A belíssima instrumental 'Strawberry Fields Forever', dos Beatles, arrancou palmas, muitas palmas.
As surpresas não pararam por aí. Nas pausas, entre uma música e outra, todos puderam ouvir histórias sobre o começo da carreira dele, piadas e até a opinião do cantor sobre o atual ‘mundo digital’. “Nos dias de hoje há muita gente que vai para o show, tira uma foto e depois posta nas redes sociais para a titia ver”, falou Marcelo sobre os fãs que fazem questão de acompanhar de longe a trajetória dele.
Depois de arrancar risadas do público, Marcelo Nova e seu conjunto, encerraram a apresentação com ‘Eu não Matei Joana D’Arc’ e ‘Simca Chambord’ duas das mais conhecidas músicas do poeta do rock, que completa trinta e três anos de estrada com a mesma empolgação do começo da carreira.
